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Mercado 08/02/2018 - por Conexa Comunicação

Roubos de cargas preocupa setor de transportes

Setcepar conversou com o diretor de Segurança do Sindicarga para saber quais medidas estão sendo tomadas a respeito do assunto

Roubos de cargas preocupa setor de transportes

As ocorrências de roubos de cargas têm crescido nos últimos anos no Brasil de forma alarmante. Um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), aponta que o Brasil ocupada a 8ª posição entre os países com maiores incidências de roubo de carga. Motoristas estão assustados e empresários buscam respostas das autoridades.

O estado do Rio de Janeiro encabeça a lista do trecho mais perigoso no Brasil. De acordo com o Sindicarga (Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro) em 2017 foram registrados 10.580 roubos no estado.

“A partir de 2014 os traficantes de drogas passaram a roubar cargas utilizando as favelas como local de descarga e armazenamento”, explica o Coronel da Reserva Venancio Moura, diretor de Segurança do Sindicarga.

No Paraná problemas como estes também estão aumentando. De acordo com a Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná) foram registrados cerca de 30 roubos por mês no ano passado, número 18% maior que em 2016. No ranking nacional, representam apenas 2% do total, mas geraram prejuízo na ordem de R$ 60 milhões.

Os itens que costumam chamar mais a atenção dos bandidos são remédios, eletrônicos, bebidas e cigarros. No entanto, conforme a oportunidade, outros produtos também viram alvo, inclusive alimentícios, como as carnes.

Fatores determinantes para o aumento de ocorrências:

– Número insuficiente de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que, no Rio de Janeiro, sofreu redução de 36% nos últimos cinco anos;

– Crescimento do crime de receptação e armazenamento de mercadorias roubadas, que ainda carece de punições e Leis mais rígidas;

– Estrutura forte e altamente atuante do crime organizado.

Para tentar minimizar essas ações, o Coronel afirma que estão sendo tomadas medidas, como abordagem aos caminhões nas áreas consideradas críticas: Complexo da Pedreira, Chapadão, Furquim Mendes, Kelson's e Complexo do Lins. “Realizamos reuniões mensais com o Grupo Integrado de Enfrentamento ao Roubo de Cargas da Secretaria de Segurança Pública para troca de informações e estabelecimento de estratégias. Além disso, houve um reforço das Forças Federais no patrulhamento das vias de maior incidência de roubo de cargas”, ressalta.

Os motoristas também podem ajudar a evitar a ação dos ladrões. Uma das formas, sugeridas pelo diretor do Sindicarga é evitar trafegar nos locais de maior incidência de roubos e ainda utilizar o botão de pânico para facilitar o bloqueio do caminhão antes que ele entre nas favelas.

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